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O dia internacional da matemática é comemorado hoje, 14 de março. A data também é conhecida como dia do Pi, já que na numeração americana (mês/dia) ela seria 3/14, os três primeiros do número. É obtido pela divisão do comprimento de uma circunferência pelo seu diâmetro.  

Estudado desde o Egito Antigo, o número Pi faz parte do conjunto de números irracionais, aqueles que não podem ser escritos como frações de números inteiros. 2, 5/3 e 4,5 são racionais; enquanto que √2, 2,71828182845904… e 1.61803399… não são. 

Ele também é um número infinito, ou seja, é impossível saber o valor da sua última casa porque ele não tem uma última casa decimal. Na Grécia Antiga, Arquimedes elaborou um método fantástico (talvez um assunto pra mais tarde) e chegou a uma precisão impressionante. Ele estipulou o valor como algo entre as dízimas periódicas 3.14084507042253521126760563380281690…‬ e 3.142857…, as três primeiras casas batem, inclusive, com os valores atuais. Matemáticos ingleses popularizaram o uso da letra grega π, que se tornou aceita na comunidade científica após a adoção por Leonhard Euler. 

O número vai muito além das aulas de Geometria e Trigonometria. Ele é usado em GPS, trajetórias de aviões, frequências pendulares, interpretações de ondas sonoras, lançamento de satélites e foguetes e muito mais. As contas funcionam porque nem sempre é necessária tamanha precisão; a NASA, por exemplo, só usa as primeiras 16 casas em seus cálculos interplanetários. 

O valor mais longo já registrado é creditado à cientista da computação japonesa Emma Haruka Iwao. Em 2019, ela chegou à precisão de 31,4 trilhões de dígitos, usando 170 TB de dados e cerca de 25 máquinas que trabalharam por 121 dias. Um trabalho admirável. 

No fundo, a tentativa de solucionar o Pi é desnecessária; jamais precisaremos de precisões tão exorbitantes. Porém, ela é a prova de que a humanidade é movida pelo desafio e a curiosidade. Feliz dia da Matemática! 

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