O primeiro dia de abril é firmado internacionalmente como o dia da mentira. A data não é oficial, mas já faz parte da cultura de muitos povos. É um dia pra colocar a criatividade pra funcionar, inventar histórias absurdas, enganar seus amigos e se declarar pra paquera e dizer que era mentira quando tomar um fora. Empresas fazem piada com concorrentes, videogames alteram funções dos jogos e famosos fazem falsos anúncios. O mundo inteiro se engaja no grande símbolo do dia: a mentira.
O motivo da data está nas alterações entre calendários, na França de Carlos IX. O ano-novo era comemorado junto com a chegada pra primavera, costume comum em muitas regiões pelo próprio simbolismo da estação das flores. As festas de comemoração duravam uma semana inteira, iam de 25 de março, até 1° de abril.
Com a introdução, em 1562, do calendário gregoriano pelo Papa Gregório XIII, o ano-novo passou para 1° de janeiro. Porém, alguns franceses mantiveram as datas de suas comemorações. Como forma de tirar sarro da ignorância e teimosia, elas passaram a receber presentes estranhos e convites a festas falsas nos períodos de comemoração. Com o tempo, acabaram apelidadas de “bobos de abril”. Estava formada a tradição.
Hoje, mesmo com a maioria das comemorações de ano-novo ocidentes em 1° de janeiro, a data de 1° de abril ainda é usada para brincadeiras e palhaçadas. E, desde que sejam saudáveis, não há nada de errado nisso.
Só não pode dizer que a Terra é plana. Tudo tem limite.
