A primeira lista de best-sellers do The New York Times saiu em outubro de 1931, mas não foi a pioneira na área; o jornal literário The Bookman já fazia algo do tipo desde 1895. O Times continuou sua lista, que antes era exclusiva da cidade de Nova York, e a abrangeu para outras grandes cidades conforme a popularidade do jornal aumentava. Só em 1942 eles começaram uma lista nacional, feita com base na aparição de livros nas listas das cidades e, eventualmente, ela se tornou a única veiculada.
A lista de best-sellers do The New York Times não reflete qualquer tipo de avaliação ou opinião crítica a respeito dos livros. Os próprios redatores declararam não ler os livros que colocam na lista. O ranking diz respeito aos campeões de venda, que seria a tradução de best-seller, e não aos livros com melhor aceitação da crítica. A posição ocupada por eles é determinada única e exclusivamente pelos dados de vendas analisados por uma equipe destinada a essa função.
São 11 listas semanais e 5 listas mensais divididas em categorias, como ficção, não ficção e infantil; e até em subcategorias mais específicas, como livros de negócios, autoajuda, juvenis e audiobooks. Segundo o Times, isso facilita a análise feita pelo leitor e torna a competição entre os títulos mais justa, pois um livro de figuras não vai competir com um livro de culinária ou uma ficção adulta.
A verdadeira forma de entrar na lista continua um mistério. Se elas são semanais, bastaria vender o máximo de cópias possível no período de uma semana e pronto, você é um autor best-seller; mas pode ser que você não entre pro ranking mesmo assim. A lista já passou por várias controvérsias, e elas, de modo geral, são resumidas a pessoas que acharam que deveriam estar na lista ou pessoas que driblaram os métodos e não deviam estar na lista. O New York Times tem suas próprias maneiras de investigar e avaliar as informações que recebem, que são confidenciais e recebidas de várias livrarias e pontos de venda nos EUA. Eles, obviamente, não conseguem coletar e organizar os dados de todas as vendas ocorridas no solo americano, o que seria impossível.
É bom lembrar que a lista reflete as vendas nos EUA, e autores brasileiros contemporâneos podem ficar de fora do “selo” de best-seller caso não sejam levados às livrarias estadunidenses.
O propósito da lista não é definir quais livros valem a leitura, e sim mostrar quais são mais vendidos. O título de “autor best-seller do The New York Times” não quer dizer que um autor é melhor do que outro. No final das contas, uma história boa não precisa da lista de jornal algum, ela precisa apenas de um bom leitor para admirá-la.